No Jordão Vice- prefeito indígena não assume quando o prefeito viaja

Um fato vem sendo muito comentado no município de Jordão . O município é governado pelo prefeito, Naldino Ribeiro do PDT, que tem com vice-prefeito, Fernando Barbosa Siã do mesmo partido.

O fato inusitado é que o prefeito Naldino Ribeiro viaja muito para fora do município, mas o vice-Prefeito Fernando Barbosa Siã que é indígena não assume na ausência do titular. O mais esquisito é que, segundo informações, prefeito recentemente viajou, o vice estava município e quem assumiu foi o presidente da Câmara de vereadores.

Essa situação coloca em discussão alguns aspectos importantes. Primeiro, a questão da ordem legal se impõe, se o prefeito se ausenta, o seu substituto é o vice prefeito. Porque no município Jordão isso não acontece?. Segundo, No caso ocorrido recentemente, o prefeito se ausentou, o vice- Prefeito estava presente na jurisdição do município, porque assumiu o presidente da Câmara?

Se de fato as denúncias forem verdadeiras, restam no mínimo três questões da maior gravidade. Quem impede ou dificulta a ascensão do vice- Prefeito ao cargo de Prefeito na ausência do titular?, Qual o motivo do desrespeito ao mandamento legal? Será que é só uma questão esperteza política? Pode ser. Mas pode também está embutido no despeito a legalidade jurídica, outra questão mais grave: discriminação racial, pelo fato do vice prefeito ser índio kaxinauwa.

É preciso que seja apurado se a informação é verdadeira Entretanto uma coisa todos sabem, a maioria dos partidos políticos do acre e em especial, nos municípios onde a população indígena é numerosas e respresentatativa, são usados apenas fazer legendas ou para compor chapas de vice-Prefeito no intuito de dar poder aos brancos. Compromissos com suas causas políticas, materiais, espirituais e culturais é que o menos existem.

Em Todas as eleições nos municípios de Santa Rosa do Purus e no Jordão, sempre tem candidatos indígenas a vice prefeito de algum partido. No entanto esses vices prefeito e vereadores nunca são respeitados conforme sua representatividade eleitoral. No município do Jordão, alguns anos atrás, um vereador indígena foi sequestrado do município de forma consentida na véspera da eleição da mesa diretoria da Câmara. O parlamentar ficou incomunicável sem contato com partido que pertencia até o dia da eleição da mesa diretora da Câmara. Ou seja, Só apareceu na cidade após votar no vereador candidato a presidente da Câmara, apoiado pelo grupo que desequestrou.

Infelizmente, uma boa parte das comunidades indígenas do acre, ainda se permitem a esse tipo de manobras politiqueiras de grupos aproveitadores. No caso recente do Jordão seria bom uma averiguação para saber se de fato as denúncias são verdadeiras, caso seja verdade, que o prefeito e seu partido seja responsabilizados junto com os demais partícipes.

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